terça-feira, 5 de junho de 2012

Nova(s) Esquerda(s)

Em resposta ao artigo:http://economico.sapo.pt/noticias/novas-esquerdas_145972.html

A existência de um cidadão mais participativo se relaciona aos valores de sociedade, é cultural. Não será algo que por decreto se mude, mas uma reforma/revolução cultural. Os valores atuais na sociedade, em nada têm haver com o papel de cada um em sociedade, mas sim pela posse de material e consumo.
Vivemos sem duvida alguma no tempo em que uma pessoa é, dependendo do material que tem (capital). Se no tempo de Marx a religião era o ópio do povo, agora é o consumismo. A realidade do mundo islâmico é bastante diferente da nossa, não comparável, estão ainda no ponto da luta pelos direitos individuais básicos, que eram negados pelo Estado. Nós vivemos uma realidade que trocamos direitos básicos pelo consumismo. Esquecemos o passado, o sacrifício que foi conquistar o que consideramos banal, como a liberdade e Democracia. É assim nesta alienação coletiva da realidade, no consumo da "droga social", que as cooperações tomaram conta dos centros de decisão politica, daí a luta pelo poder e sindicâncias para sua preservação, subvertendo a Democracia, pois o seu lucro deriva do consumo e exploração do trabalho. As pessoas comuns foram ensinadas que Democracia é apenas colocar o voto, e na verdade, o "poder", não as quer para mais nada, para além de se comportarem como "ovelhas" mansas, num contentamento obediente, pois seus "pastores", tecnocratas que apenas vivem da politica, saberão sem qualquer possibilidade de erro o que é melhor para o rebanho. Sabemos bem que o pastor vive à conta das ovelhas e delas se serve. Óbvio que nesta crise provocada pelas mesmas cooperações que vivem do sistema, para manter o "satus quo" se sacrifica as ovelhas mais fracas continuamente até provavelmente não haver mais ovelhas, vivemos um Capitalismo auto-fagico. Entretanto as pessoas negarão os princípios da Democracia, culparão esta pelos males que sofrem, ignorando que foi da sua ausência da atividade politica que a situação chegou ao ponto que chegou.
É vital afastar as "cooperações" do poder e da politica. Fazer apologia para um novo modelo de vida individual e coletivo, até mais que o consumismo atual não só representa exploração do trabalho, como pelo desperdício que gera, é insustentável ambientalmente. Se na Idade Média quando os Senhores Feudais ficavam sem recursos, derivado a o terem gasto em futilidades, agora é o sistema banqueiro que exige sacrifícios aos cidadãos, derivado ao seu devaneio, onde as regras que vive, são as regras que decide e está provado que o poder politico nada faz, ou apenas se belisca. O maior inimigo do Socialismo no Ocidente é o Capitalismo Financeiro é ele a força motriz dos males sociais e económicos que vivemos, é ele responsável pelo retrocesso. A luta pelos direitos é continuo, nunca adquirida, o mais forte tende sempre a criar formas de se adaptar, se disfarçar e perverter o Sistema a seu favor. Daí o cidadão tem de participar na politica, ele é o centro da Democracia. Aos Socialistas cabe provar e convencer que o caminho para um Sociedade Socialista, é a forma de sociedade mais pacifica e justa.

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