domingo, 31 de outubro de 2010

As mentiras dos hipermercados

Uma das grandes estratégias dos capitalistas numa crise provocada por estes, é sempre conseguirem lucro às custas do cidadão comum. Seja levando ao consumismo, a ilusão da felicidade às custas do "material", ora levando os cidadãos comuns à miséria, culpa-os de serem consumistas e assim sua obrigação de pagarem a crise, seja suportarem financeiramente ou sujeitando-se a condições de trabalho que deveriam já ser do passado, mas que voltam no presente. Com a mentira que não existe alternativa. Sempre existe uma alternativa, basta conhecer a história. Os passos da humanidade para o progresso sempre ocorreram rompendo com "dogmas" impostos pelos poderosos.
Em Portugal, com a desculpa da crise, que é uma forma de aumentar o emprego, permitiu-se a abertura das grandes superfícies comerciais ao domingo. É a crise! Dizem! Tem que ser... Falso!
Interessante que a solução das grandes mentes em Portugal é colocar as pessoas a trabalhar ao Domingo e outras a gastarem-no... Creio que começa também a ser comum pessoas trabalharem aos sábados, neste principio, também trabalham ao domingo. Assim estamos de facto a recuar 50 anos, em termos laborais. Nesses tempos trabalhava-se ao fim-de-semana.
O cidadão comum, mais uma vez é levado à luxuria do consumo. É dada a oportunidade de poder gastar dinheiro ao domingo. Passar o tempo a descansar com a família, amigos, não interessa! O que interessa a fazer o dinheiro "rolar" e quanto mais for para às mãos de poucos, melhor! Veja-se o grande sentido patriótico de Belmiro de Azevedo... Faz o favor de fazer os portugueses gastarem dinheiro aos domingos e contratar mais funcionários a receber salário mínimo. Que grande filho da pátria é este senhor e os outros senhores...
O português comum, nada mais pode exigir, ou desemprego e miséria, ou um pouco de dinheiro para sobreviver e suportar uma miséria de trabalho!
Uma grande antítese dos senhores do poder politico, que tanto usam a palavra "micro-empresa", viraram grandes amigos das pequenas empresas (dizem), depois de decadas a despresarem-nos, quando reparam que afinal são as pequenas empresas que ainda empregam a maioria dos portugueses. Esses afinal ficam, não sugam tudo que podem e depois vão se embora, como as multinacionais... Mas mais uma vez os actos são contrários às palavras... Provavelmente sendo micro-empresas, têm micro-dinheiro comparando com os grandes senhores das "grandes superfícies", com seus lobbies e dinheiro. E assim a decisão politica dá mais uma "machadada" nas pequenas empresas, pois mais pessoas irão gastar o seu dinheiro em grandes empresas que pouco retorno dão à sociedade. Assim mais um desafio é colocado às pequenas empresas nesta politica de "deserto". Cada vez mais a maioria fica na miséria e poucos mais ricos e tudo isto usando o vicio do consumo!
Meias verdades, meias mentiras... Depois no primeiro domingo, com as grandes superfícies abertas, vários jornais diziam que os portugueses, tinham na sua maioria alinhado em gastar o seu dinheiro nas grandes superfícies! Interessante é não terem referido que estas empresas, nomeadamente o Continente, enviou mensagem para telemóveis a dizer que ao domingo dava 10% de desconto em cartão (dão para se gostar novamente dias depois). Algum jornal falou nisto? Eu recebi esta mensagem, acho que não devo ser o único... Denota-se a parcialidade de meios de comunicação, provavelmente refém dos seus patrocínios, ou de grupos económicos detentores, que cada vez mais têm uma promiscuidade no ramo de negócios, que se resume a apenas um! Sacar o máximo de dinheiro possível das pessoas! Mesmo que o todo caminhe à miséria, são como um vírus!
As pessoas na busca de comprarem mais barato, não reparam que isso no fundo lhes sai mais caro! Coitadas das pessoas, que pensam que são grandes oportunidades... Como os peixes na água que vêm um petisco e ao morderem reparam que afinal é um anzol, e a ele estão presos e não conseguem fugir depois de morderem no petisco!
Engraçado também ver a propaganda da poupança nos jornais, mas nos intervalos a propaganda do consumo. Na verdade é para os pobres sobreviverem, porque os que ganham dinheiro com a crise, vão continuar a desbandar o seu dinheiro, de uma forma vergonhosa, e obtêm a riqueza de forma miserável, que é explorar a desgraça do seu próximo... Pouco lhe paga pelo trabalho e muito lhe sacam. Falam que o cidadão é adulto e livre, mas na verdade não é, porque as pessoas são programadas a agirem como crianças, querem tudo sem pensar nas consequências.
Se na crise existem cada vez mais milionários, se calhar para sair dela têm é que haver menos milionários. Não existe nos partidos de poder a coragem de atacar de frente a causa do problema, em Portugal e na maioria dos países. Garanto que existe muito dinheiro em Portugal! Existe é muito pouco na maioria dos portugueses e também do Estado, tanta gente a servir-se dele para enriquecer à custa de tanta incompetência e egoísmo.
Muitos precários que vão trabalhar nas grandes superfícies, a troco de um salário mínimo, têm curso superior! Mais outra mentira em Portugal, a falta de qualificação! Existe sim qualificação, mas não tem oportunidade de trabalho. Se sujeitam à humilhação ou fogem para o estrangeiro! Isso porque em geral, para se ter trabalho primeiro é preciso ter um conhecimento predilecto de quem faz a selecção de pessoal a trabalhar, e muitas vezes até é dada predelecção a quem tem formação inferior em detrimento dos que têm qualificação superior, mas não têm o "contacto". Assim obviamente o país não vai para a frente!
Faço parte dos novos servos de Portugal, "recibo verde", não temos qualquer direitos de trabalho ou regalias sociais, mas pagamos tanto ou mais que qualquer trabalhador e ainda por cima o Estado ganha IVA, como se fossemos um produto de consumo. É assim que Portugal trata muitos portugueses, maioria jovens e qualificados! São os desprezados de Portugal. São bens de consumo e ironicamente são tratados pelo estado como empresários que prestam serviços, e que serviço é? Trabalho! Mais palavras para quê? Ainda é preciso liberalizar mais o trabalho? É preciso ter lata!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Organismo do Estado (DGV) desperdiça alimento

Dia 26/10/2010, um bovino que teve de ser abatido no campo por agentes da GNR por ser agressivo, de saúde, que satisfazia as regras sanitárias para pelo menos para consumo próprio dos proprietários foi deitado ao lixo 300 kg de carne em condições de ser consumida
, porque uma Médica Veterinária, representante da Direcção Geral de Veterinária por receio das directivas superiores, para que cerca de 300 kg de carne fosse deitada ao lixo. Esta política tomada pela DGV desrespeitou os princípios básicos de moralidade de respeito pelas pessoas que trabalham, das que sabem e por aquelas que neste país não têm acesso a carne.
O Director da Região Norte/DGV, de uma forma autoritária, desprezando a lógica e o bom senso, decidiu, numa demonstração de força arbitraria, mostra incompetência, pois não serve o cidadão, nem a sociedade, mas antes se serve das "cunhas" para obter salário à conta do cidadão. Desrespeita o produtor, os Médicos Veterinários, e aqueles que passam fome, evidenciando uma postura despesista que o Estado Português à décadas demonstra.
De referir que é impressionante de pessoas que chegam a altos cargos dirigentes nos organismos públicos não demonstram competência para chegarem onde chegam e ainda por cima agem como se fossem superiores ao cidadão e aos colegas com igual formação cientifica. Porque lhes é dada confiança politica se não têm competência? É assim que as instituições do Estado entram em descrédito perante a população, levando a crer que mais vale ser desonesto que honesto. Assassinam a Democracia.
Tanta carne para o lixo... Felizmente para os funcionários públicos que são incompetentes, têm um bom ordenado fixo ao fim do mês e não passam por problemas financeiros como passam muitos milhares de portugueses.
O Estado português antes de exigir aos trabalhadores portugueses o seu sacrifício, devia começar por exigir sim aos seus directores e funcionários a darem o exemplo! E não sabotar quem produz e quem trabalha!

sábado, 23 de outubro de 2010

O rumo às politicas de Direita da União Europeia

A União Europeia pressupunha, oficialmente, o desenvolvimento do conceito de cidadania, na melhoria da condição de vida dos seus cidadãos, principalmente nos países mais pobres, na equiparação da qualidade destes países aqueles mais ricos no espaço politico da EU, inicialmente denominada CEE. Desde que Portugal aderiu em 1986, qual o estado actual, que rumos toma no presente a EU?

Certamente muito se desenvolveu, principalmente na modernização das infra-estruturas, uma maior internacionalização de Portugal… Mas socialmente? Somos um dos no espaço da UE com maior desigualdade social, que mais paga impostos, com menores regalias sociais e com o sector produtivo praticamente desmantelado. Certamente que existe uma grande responsabilidade nacional, dos lideres deste país! Mas será que temos, no quadro actual de desenvolvermos?

Portugal é um país que muito consome e pouco produz e este hábito foi incutido socialmente durante décadas, resultou num endividamento de Portugal, que agora é alvo de especuladores, o país encostado contra a “parede”, querem obrigar a que se tomem politicas que significam completamente uma regressão social e económica. O processo mais parece uma estratégia de traficantes de droga que inicialmente criam o hábito ao “vício” para depois do consumidor estar completamente viciado, exigem o impossível para manter o vício. Pois bem, as medidas de restrição estão aí! Difícil será no imediato mudar uma cultura despesista dos órgãos públicos, mais fácil será incidir em medidas de restrição que irão afectar essencialmente as classes sociais mais pobres, mais uma vez, hábitos de injustiça seculares que durante séculos os socialistas lutaram.

As decisões do país não são determinadas pelos mais pobres, que infelizmente não têm ainda uma cultura desenvolvida e baixa participação democrática e civil. São sim tomadas pelas “elites” e estas pouco irão sentir a “crise” como se vem verificando, até têm em muitos casos ganho com ela. Aumentaram nestes anos o número de milionários e Portugal já vai no mínimo com 20% da população na pobreza. A classe média a ser destruída. Vale a estas elites o facto do povo português ser obediente, pois noutros países europeus com uma qualidade de vida muito superior, com mais direitos garantidos ao cidadão comum, levaram já a grandes tumultos sociais, mas isto vai até quando?...

As regras são impostas pela EU, na cabeça o “maoista de direita” Durão Barroso, que no fundo é o “moço de recados” da grande Alemanha, onde se encontram as grandes multinacionais europeias e onde países como o nosso da Europa vão comprar os seus produtos. A produção em muitos dos países mais pobres da Europa foi “abafada”, aumentando a dependência em relação à Alemanha, que sem duvida contribuirá com o dinheiro para muitos fundos europeus, mas dinheiro que acaba por retornar, aumentado em juros! Assim se baseia a recuperação económica da Alemanha. Muitos acham ser fantástica e exemplar. Me parece persistir, apesar de duas guerras mundiais, os alemães acharem por direito os “donos da Europa”, um povo exemplar. São sim um país grande, com uma grande população e que para chegar onde chegou muito ajudou o “empurrão” económico dos EUA após a 2ª Guerra Mundial, e mão-de-obra barata de estrangeiros, para a sua reconstrução. Tendo já uma tradição industrial de séculos se transformou numa potência económica e que pelos vistos pretende fazer a conquista da Europa, não desta vez por via militar, mas agora pela via económica. Entendo agora, porque a Thatcher se opunha à reunificação da Alemanha. Verifica-se uma submissão de todos os países europeus à Alemanha.

A União Europeia está pelo menos à 10 anos sob a orientação económica do neo-liberal e agora pretende impor a visão social desta ideologia, sem qualquer preocupação social pelos direitos conquistados.

No que diz respeito a Portugal, abriu caminho a produtos vindos da China, país sem qualquer respeito pelos direitos civis básicos, que com uma qualidade de produção muito inferior, mas a um custo muito baixo arruinou a industria têxtil portuguesa e no resto da Europa. No norte de Portugal significou, desemprego, miséria e aumento de custos ao Estado Português e perda de receita e competitividade da sua economia. Empresas europeias que saltam de país em país, como parasitas, que se instalam obtêm o maior lucro possível à custa de mão-de-obra barata e benefícios fiscais, aumentando assim o lucro a estas empresas sem rosto, mas que ditam regras nacionais.

A comissão europeia, numa intromissão vergonhosa à soberania nacional, quer impor regras laborais ainda mais precárias, transformar os portugueses em mão-de-obra barata. Esta comissão nem é eleita democraticamente! O que significa um ataque imperdoável à Democracia! A mesma Comissão que demonstra falta de solidariedade aos países mais pobres, alvo de especulação financeira, ignorando o sofrimento das pessoas, escondendo a injustiça social com números, índices e taxas. E por outro lado empresta dinheiro ao sistema bancário, que vai depois emprestar aos Estados endividas, a juros mais altos que lhe são cobrados pela EU. Qual a moral destes senhores europeus? Que qualificações têm? Que provas deram? Só deram conta da crise quando esta se instalou!... Estes senhores deviam viver no desemprego ou receberem um salário de 500 euro, em condições precárias, como muitos licenciados vivem, neste país!

Flexisegurança é tudo menos segurança! Como nas condições actuais laborais em Portugal, um jovem pode construir um futuro com esperança?

A Alemanha é tida como a referência. Seguindo o exemplo desta está a solução! Ora isso é impossível! Infelizmente não nos compram submarinos… Fomos comprar à Alemanha, e nem sequer estes cumpriram o contrato. E até a Grécia vai comprar submarinos à Alemanha! Será que a Alemanha está a querer desenvolver a sua indústria militar no campo dos submarinos como ocorreu no seu 3º Reich? Pelo menos entram muitos milhões de euro…

No Brasil li um artigo acerca de economia, que falava da CEE, que o objectivo da entrada de Portugal, Espanha e Grécia, era aumentar a disponibilidade de mão-de-obra barato às industrias europeias e mercado para escoar seus produtos… Será por isso que a Alemanha tanto que a Turquia entre na EU? O presente parece indicar que este artigo tem fundamento!

Apropria Alemanha, no tempo da Republica Democrática, foi um dos basilares na propagação dos ideais da Social-Democracia, significando uma referência no planeta, nos direitos dos cidadãos. Agora parece ter mudado de rumo, à direita… E os restantes países europeus cedem às suas directivas. Contra isso tem de haver uma oposição vigorosa e mostrar que as ideias socialista, de democracia estão fortes e mais ficarão! Cabe aos países como Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda formarem um bloco e defenderem-se e iniciarem a mudança do rumo das políticas da EU! Cabe aos cidadãos virem à rua e mostrar aos neo-liberais que lhes damos luta! Não cederemos a estas políticas!

É importante criar um fundo europeu de solidariedade a baixos juros, para momentos de crise! A poupança não deve ser só do cidadão, mas também dos Estados!

Objectivar quem são os especuladores e combate-los! Criam mais terrorismo nas casas das pessoas na Europa, que aqueles que chamamos de terroristas.

O patriotismo é combater a tentativa de submissão do meu país a “senhores da Europa”, lutar pela liberdade e o direito a uma vida melhor! Meu patriotismo é retirar o apoio a Durão Barroso que envergonha a pátria! Meu patriotismo é procurar soluções para criar um futuro melhor para as próximas gerações! Contribuir para um mundo mais justo, em que se acabe a acumulação de riqueza de poucos à custa da miséria de muitos! Meu patriotismo é uma mudança de cultura de paradigma social! Dizer não ao materialismo fútil sim à solidariedade e participação cívica responsável!

Em nada me move contra o povo alemão, mas infelizmente este se deixa cegar pelos seus líderes que os iludem nas suas pretensões com discursos de superioridade, sobressaindo um nacionalismo que os cega dos males que seu país comete aos outros países. Assim não existirá futuro na União Europeia, pois sem o pressuposto de igualdade entre as nações e a solidariedade, esta não tem razão de existir.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Injustiças do Estado Português e da Política


Ao contrário que tenho lido e escutado de responsáveis políticos, que afirmam que existe uma cultura Democrática em Portugal, eu creio que não existe uma cultura democrática em Portugal.

Ao meu ver existe sim uma cultura de submissão e do poder em Portugal. Uma tradição Feudal, que depois foi substituída por Oligarquias burguesas, que se foram adaptando às alterações do sistema politica em Portugal, a famosa cultura da “Fita-Cola”. Colar ao poder em vigor para poder “subir” na vida. Em que as orientações politicas no poder, na ordem normal, são sempre uma continuidade, pois quem sucede ao poder acaba por ser uma selecção do poder do passado, uma “clonagem” na essência, apesar das caras mudarem, na essência nada muda, tirando politicas para satisfazer “lobbies” no presente. Em Portugal, as caras são quase sempre as mesmas, que se consideram a voz de “todos”. E muitos presidentes de Associações, Federações e Cooperativas, são até em muito casos, pessoas idosas, muitas delas nos cargos ou relacionados ao poder durante décadas. As diferenças naturais no passar do tempo, que se insurgem, contra a “corrente dominante”, são hostilizados e marginalizados. Ao poder substituem, geralmente aqueles que durante muito tempo se associaram ao “poder”, sem em nada de diferente acrescentar, a não ser, a defesa, o elogio e a acção de quem está no poder.

A diferença de opinião, a confrontação de ideias, em geral segue-se o ataque pessoal. Isto em Portugal implica uma exclusão a vários níveis, em alguns casos poderá significar a injuria, calunia e prejudicar a própria evolução profissional, ou até mesmo a exclusão às oportunidades de trabalho, a marginalização social…

Na Democracia, “poder do povo”, incide na participação do cidadão nas decisões da sociedade. Não se restringe apenas em votar nos dias das eleições. Direitos e Deveres do cidadão-indivíduo inserido em regras justas no cidadão-colectivo, regulamentado pelo Estado, eleito pelo povo. Numa Democracia não pode existir medo das pessoas participarem publicamente ou até demonstrarem seu desagrado perante situações que considera injustas. Duas pessoas se confrontarem em ideias sem persistir depois o rancor, ou acabar em ataques pessoas, purgas ou violência.

O Estado Português tem uma tradição de grande peso burocrático, de séculos, numa cultura de domínio de cima para baixo, como que os cidadãos fossem crianças ou inaptos. Criam regras, sem muitas vezes entenderam como estas irão repercutir na realidade. Ao meu ver, muitas leis actuais não têm bom senso, prefiro que exista bom-senso e a falta de leis do que leis sem bom senso. Porque no momento que as leis existem e nem os Organismo de Estado conseguem cumprir, significa que o Estado perde a legitimidade da razão. Seguindo-se o descrédito deste perante as pessoas, abrindo portas para aqueles que pretendem acabar com a Democracia, ou os princípios que esta representa.

É vital para uma Democracia saudável, entender que são cometidos erros e injustiças pelos órgãos do Estado e deve-se, incutir nestes, que mantêm uma cultura não democrática, o principio do respeito pelos cidadãos, justiça e ser justo e ter um sentido autocrítica para objectivar uma melhoria de qualidade no seu funcionamento.

O funcionário público serve o bem público, que são os cidadãos, porque o Estado é uma organização representativa dos próprios cidadãos. Não é responder numa atitude prepotência e autista às injustiças cometidas aos cidadãos com números de leis, como se fossem dogmas de uma justiça divina, quando nada mais são decretos elaborados por pessoas, que se calhar nem conhecem a realidade. Assim estes organismos públicos serviriam melhor os cidadãos se fizessem a interacção, nos dois sentidos, entre os cidadãos e o Estado. O país melhorava.

Eu pessoalmente e pelo que escuto os serviços públicos que cometem mais atentados contra os direitos do cidadãos e têm um comportamento prepotente, que mais visa punir que ajudar ou explicar, são os serviços das Finanças, do Judicial e da Segurança Social. Têm obviamente uma grande repercussão no dia-a-dia do cidadão. E a violência que estes cometem, através de injustiças que afectam o bem-estar dos cidadãos, podem colocar em risco a própria Democracia.

Parece que políticos com responsabilidade não querem olhar para este problema, preocupando-se mais em arrecadar receita, não tendo em atenção sequer se estão a ser cometidas injustiças. Assim serão responsáveis pela degradação da Democracia, por abrirem caminho ao autoritarismo e o retrocesso histórico do caminho que deveria ser construir uma sociedade harmoniosa e justa. As mesmas pessoas que actualmente os apoiam, também apoiaram o autoritarismo, pois estas não têm ideias, apenas pretendem garantir somente o seu bem-estar individual, em nada lhes interessa o bem-estar social. E assim estas pessoas que em nada acrescentam à Respublica, irão elogiar, bajular e afirmar sempre aqueles que estiverem no poder. Estas pessoas na política não fazem falta, prejudicam a Democracia, não têm ideias novas nem ideologia e em nada ajudam as lideranças, pois cercam estes de mentiras, alimentando apenas o ego do líder, para obter gratificação, assim levam-no ao afastamento dos problemas reais da sociedade.

Falta na maioria dos líderes de hoje o conhecimento da realidade em que vivem os cidadãos que governam.

sábado, 9 de outubro de 2010

Critica à situação presente e ideias para Portugal, Europa, Porto

A realidade nas diferentes sociedades no mundo mudou muito nestes últimos 50 anos, lideradas por um desenvolvimentos sem precedentes no campo das tecnologias, no conhecimento, mudança profunda na organização das economias, permitindo um desenvolvimento na saúde e bem estar nas populações. E este “salto” na humanidade muito se deve ao aumento das democracias, contudo novos problemas surgiram. Ao contrário que se pensava ser uma evolução natural, muitas desigualdades entre pessoas e países se mantiveram e até aumentaram, levando ao surgimento de novos conflitos, esgotamento de recursos naturais, alterações climáticas e à insustentabilidade económica global para o futuro, caso se mantenha o modelo de desenvolvimento económico global actual. Se calhar, tal se deve à falta de acompanhamento ou previsão por parte do poder politico, às mudanças ocorridas nas sociedades.

Observa-se nos dias de hoje uma perda do poder político no rumo das sociedades, um esvaziamento destas nas ideologias, em que a satisfação pessoal cada vez mais se resume apenas ao consumo e acumulação de riqueza, uma dissociação do indivíduo em relação ao colectivo. Um egoísmo individual.

Nos dias de hoje, são os grandes grupos económicos e financeiros que ditam as regras nacionais e internacionais, visando apenas o lucro, ignorando os problemas sociais. Assim os interesses das populações ficam desprotegidos. Falta na maioria dos países um poder real do Estado para proteger as sociedades, através da regulação e fiscalização destes grupos financeiros, cada vez mais poderosos e com influência supra-nacional que apenas objectivam o lucro fazendo uso da especulação. Também especulação comercial, que “asfixia” financeiramente a produção. Assim corre-se o risco de descrédito das Democracias perante as populações.

A economia deverá ser o sustento da sociedade, através da política esta escolhe seu rumo, com base no conhecimento e tecnologia. Os políticos deverão, através do desenvolvimento de ideologias, ser a força motriz na evolução da organização das sociedades, no caminho de uma sociedade mais justa, desenvolvida e igualitária, respeitando o ambiente. Promovendo a satisfação pessoal sem prejudicar o próximo ou colectivo, deixar de existir oprimido e opressores, só assim poderá existir paz e sustentabilidade na humanidade. Valorizando o trabalho, a coexistência, o respeito e o bem-estar social.

PROBLEMAS NACIONAIS:

Ø Portugal consome mais do que produz. Baixa produtividade, seja por má gestão ou honestidade no trabalho.

Ø A sociedade vive acima das capacidades reais, insustentabilidade. Demasiado consumista.

Ø Aumento do fosso entre os mais ricos e mais pobres. Marginalização social, conflitos sociais. Falta de civismo entre cidadãos.

Ø Problemas estruturais e culturais na produção. Agricultura e industria. Sendo que tem havido uma tendência positiva na prestação de serviços.

Ø Organização politica de Portugal desajustada à realidade, pouco eficiente e dispendiosa.

Ø Problemas culturais do país de séculos que impedem o desenvolvimento do país social, cultural e económico.

Ø Organismos do Estado que ainda têm um comportamento “Salazarista”, sem capacidade de diálogo, de compreensão de injustiças que muitas vezes cometem, punindo com injustiça.

Ø Falta de cultura em Portugal de Democracia, à diferença de opinião, sem espaço à diferença.

Ø Cultura de uma corrupção escondida, de favores e interesses de grupos, que muitas vezes negam oportunidades aqueles que são socialmente mais fracos.

Ø Falta de estratégia para longo prazo para Portugal. Últimos 30 anos de Democracia em Portugal, devido às alterações profundas do país, às mudanças impostas pela Europa, crises económicas mundiais, atraso cultural em relação aos países desenvolvidos, falta de cooperação entre os diferentes partidos políticos, assim não deu tempo nem espaço para uma reflexão profunda do caminho e possibilidade para Portugal no futuro, havendo sempre um reajustamento e readaptação “ad hoc” nas prioridades nacionais, perdendo-se assim oportunidades para um Portugal novo, preparado para as adversidades do futuro. Tivemos uma mudança para uma Democracia, falta a mudança das mentalidades dos portugueses.

SUGESTÕES:

PORTUGAL:

A- DESENVOLVIMENTO DO SECTOR AGROPECUÁRIO:

1- Definir critérios claros de distinção de actividade de produção agrícola familiar e industrial.

A actividade agropecuária familiar pode ser um suporte de sustento para famílias de fracos recursos financeiros. Sendo a actividade agrícola industrial, um pólo de desenvolvimento regional, com criação de emprego e riqueza nas áreas rurais do país.

Não apoio a atribuição de subsídios no modelo actual, pois não desenvolve a competitividade nem o espírito de iniciativa do sector. Antes funciona como um sustento de uma actividade não produtiva e a manutenção de uma dependência por parte de muitos produtores dos subsídios, neste rumo nunca teremos este sector sustentável e competitivo, criador de riqueza. É antes preferível apoio nas despesas comuns nas explorações agropecuárias familiares, muitas vezes demasiado caras para muitas famílias rurais, como apoio social. E apoio do Estado à modernização e melhoramento da produtividade das explorações agropecuárias de produção industrial, fazendo uso do conhecimento científico existente nas diversas Universidades do país, conjugar o conhecimento académico à produção agropecuária.

2- Reduzir custos na distribuição dos produtos agrícolas, investindo no desenvolvimento das linhas ferroviárias, criando centros de recolha que os transporta para os grandes centros de consumo, reduzindo assim custos financeiros e ambientais.

3- Uso da produção local de produção agrícola nas áreas rurais nas merendas das escolas e organismos Sociais do Estado nestas regiões. Podendo ter as Cooperativas Agrícolas um papel de intermediário entre o produtor agrícola e estes centros de consumo, assim o custo seria menor, com beneficio de custo para as Instituições, para o produtor e economia local.

4- Criar um Sistema de Informação Geográfico de todas as variáveis relacionadas com um uso mais eficiente do solo.

5- Aumento da produção de cereais, que juntamente com o alto preço dos combustíveis, têm vindo a prejudicar o rendimento dos produtores pecuários. Para não falar do encarecimento de alimentos essenciais e o desvio crescente destes produtos para produção de biocombustiveis.

6- Injustiça na distribuição do lucro da venda da produção agropecuária, em que o distribuidor fica a ganhar em prejuízo de quem produz.

PROTECÇÃO AMBIENTAL:

1- Defesa de todos os recursos naturais do país com o mapeamento das diferentes espécies vegetais naturais de Portugal, com a criação de um Banco Genético, incluindo também espécies agrícolas essenciais.

2- Áreas extensas de produção florestal para produção de madeiras, de espécies invasoras, devem ter uma área mínima para criação de espécies de árvores autóctones. Criar limite máximo de criação de Eucalipto por metro quadrado e áreas de restrição ao seu plantio, como por exemplo áreas com alto risco de incêndios e com pouca água.

3- Defesa da água potável. Mapear todos os cursos de água do país, principais áreas de risco de poluição, áreas com maior risco de erosão de solo. Criar cordões de vegetação em torno dos cursos de água considerados vitais, a fim de evitar perda de água doce.

4- Criar áreas de reserva de protecção de curso de água vitais de actividades altamente poluidoras.

5- Criação de áreas de restrição à pesca e áreas de acesso restrito à pesca artesanal nos mares sob jurisdição portuguesa, a fim de evitar a extinção de espécies piscícolas.

6- Criação de corredores naturais entre os parques naturais a fim de permitir a circulação e troca genética de espécies em perigo de extinção.

7- Definição anual dos tempos e áreas de acesso à caça, consoante a situação actualizada das populações alvo da caça, perante o risco de extinção ou redução perigosa destas populações perante possíveis catástrofes ambientais que possam ocorrer ou épocas reprodutivas num determinado tempo e espaço.

DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA, COMERCIO, ECONOMIA:

1- Continuar a aposta no desenvolvimento das energias alternativas, investindo na investigação no seu aperfeiçoamento, nas Universidades do país em conjugação com a Industria Nacional, criando patentes e promover a sua exportação. Dar prioridade ao aproveitamento da energia solar.

2- Necessidade de baixar o custo das energias em Portugal, tornar o seu custo competitivo em relação a outras economias Europeias, nomeadamente Espanha. Seja por influência politica ou por aquisição/participação em empresas energéticas.

3- Na Industria de produtos com concorrência directa com países com baixo custo de produção, promover a qualidade e imagem da produção em Portugal (creio que tem ocorrido este esforço).

4- Promover a Industria relacionada ao recursos marítimos, desenvolver a investigação, para exploração destes, com menor impacto ambiental possível e sustentável.

5- Continuar a desenvolver os transportes marítimos e ferroviários, para que Portugal seja a porta de entrada e saída de mercadorias da Europa. Desenvolvimento do papel comercial de Portugal no mundo.

6- Continuar a desenvolver a proximidade intercâmbio comercial, aprimorado com proximidade cultural com países lusófonos noutros continentes. Ser o intermediário predilecto entre estes países e a Europa.

7- Discriminação positiva no estabelecimento de empresas com utilidade social, com boa gestão, competitivas, produtivas e com projectos sólidos a médio prazo, através de apoios fiscais. Com penalização caso não cumprem os projectos apresentados.

8- Não apoiar empresas com má gestão, sem projecto sólido para futuro, que não têm qualquer valor de acréscimo à sociedade.

9- Desenvolver mecanismos de requalificação profissional consoante as necessidades de mão-de-obra.

10- Penalizar fuga de capital para “offshores”, criando impostos altos.

ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO:

1- Extinção dos governos civis. Na realidade actual, creio que são dispensáveis.

2- Repensar e remodelar as fronteiras politico administrativa, no âmbito de unir e não dividir, a fim de rentabilizar os recursos disponíveis dos órgãos do Estado e administração local. Sendo que nos dias de hoje as vias de comunicação e transporte estão muito mais desenvolvidas do que no passado, acessível ao cidadão comum o acesso a serviços via Internet. Se calhar será o mais difícil, sendo que em Portugal a cultura bairrista é dominante, para prejuízo de todos nós. Urge a administração pública ser eficiente, económica e produtiva, até para servir como exemplo ao sector privado.

3- Criar em Portugal as regiões administrativas de preferência englobando interior e litoral, com sede no interior. Assim combater a desertificação do Interior e reverter a tendência, para melhor aproveitamento de território disponível subaproveitado e aliviar a alta pressão demográfica que ocorre no Litoral. Desta forma redistribuir funções entre esta entidade, municípios e governo central, de forma a gestão do território e das populações seja mais eficiente, sem implicar aumento de custos, se possível até reduzir. Daí ser importante haver um reordenamento e reestruturação ao nível dos concelhos e distritos.

4- Desenvolver a protecção da costa portuguesa e antecipar consequências da subida do nível do mar. Evitar crescimento urbanístico nestas áreas, que são a principal causa da sua degradação.

5- Benefícios fiscais a famílias e empresas que vivem em regiões do interior que sofrem desertificação grave.

6- Sectores da administração pública com funcionários que sofrem uma pressão intensa de interesses partidários (oposição, principalmente por parte do PCP) e cooperativista, por exemplo na saúde e educação, recorrer caso seja necessário, a recurso de mão-de-obra existente no sector privado ou empresas privadas, com despedimento de funcionários públicos. Ser funcionário público não deve ser tomado como uma forma garantida de trabalho vitalício, mas sim de rigor profissional na entrega ao “dever de servir o cidadão e o país”. A administração pública na realidade actual é a entidade patronal que melhor garantias oferece aos trabalhadores. Assim é impossível o país continuar a ficar refém dos interesses cooperativistas profissionais, só porque trabalham em sectores públicos considerados vitais com influência na orientação de voto das populações. Existem muitos outros profissionais no sector privado, que não tiveram a oportunidade de trabalhar na função pública e que se sujeitam a condições laborais piores. O Estado é para servir o cidadão e o país e não o funcionário público. O dever de servir o cidadão é muitas vezes fazer sacrifícios, em tempos difíceis, devendo obviamente este sacrifício ser recompensado pela sociedade futuramente.

7- O Estado e sociedade têm que reflectir acerca dos serviços garantidos pelo Estado Social às populações. Acredito que se o Estado optar pela ausência completa na participação de empresas lucrativas, terá de reformular os serviços prestados caso queira ter um défice publico baixo, sendo possível ser eficiente e económico, como por exemplo Cuba (exemplo de um país com baixos recursos que consegue oferecer serviços de Saúde de qualidade), abdicando das tecnologias recentes e caras, optando por pessoal com formação mais abrangente, distribuição estratégica dos serviços prestados. Pois do momento que está a economia Portuguesa e de certeza no futuro próximo, não irá se tornar uma economia rica. O Estado tendo só como receita os impostos, não conseguirá fazer face aos. Se o Estado pretende garantir essa qualidade de tecnologia de ponta, então terá, na minha opinião, garantir uma fonte de receita de fontes lucrativas, caso contrário terá de continuamente aumentar os impostos, o que impede o desenvolvimento económico e revolta social. Lembro que o desenvolvimento dos Estados Sociais na Europa ocorreu num tempo de alto crescimento económico, após a 2ª guerra mundial em que os Estados Europeus e ainda detinham participações em empresas lucrativas. É preciso reflectir e o cidadão comum deve saber e participar na decisão, e esta reflexão também deve ser alargada entre os Estados membros da União Europeia, qual o modelo social que pretende para os cidadãos europeus.

8- Promover na sociedade a responsabilidade social, com deveres e direitos do cidadão. Seja nas escolas, seja em campanhas de publicidade, para promover uma consciência de “respeito social” e bens públicos. Estimular outros valores de bem-estar social, contrariando a cultura materialista dos tempos actuais, contribuir para um melhor relacionamento social e respeito entre os cidadãos. Uma sociedade menos conflituosa e educada, desenvolvendo o gosto pela cultura, continuando a tendência de democratização do acesso a esta.

9- Desenvolver um sistema de dados e de comunicação entre organismos vitais ao país alternativo ao sistema informático. Sendo que o sistema informático parece ser o actualmente o único sistema de registro de dados e de controlo das comunicações. Este sistema apresenta fragilidades a invasões e vírus informáticos. Um sistema alternativo seria uma protecção contra possíveis ataques no futuro, evitando o caos que se estabeleceria caso ocorresse uma falha total no sistema informático dos sectores vitais em Portugal.

10- Criar meios que visam impedir a especulação imobiliária de terrenos e negócios menos claros que colocam em risco o ordenamento sustentável do território. Responsabilização penal de pessoas ou entidades envolvidas. Agravando as penas para funcionários e administradores públicos envolvidos.

11- Criar maior proximidade entre cidadão, organismos do Estado e legisladores. Sendo que existem muitas leis e regras desfasadas da realidade, causando injustiças.

POLITICA EXTERNA:

1- Portugal e Espanha devem formar o bloco do “Oeste da Europa”. Usar o capital de laços culturais no mundo, para reforçar sua influência económica e politica na Europa. São periféricos em relação à Europa, mas mais próximos ao Mundo.

2- Os países de economias mais pequenas não devem estar sujeitos às mesmas regras dos países grandes da UE. As condições e possibilidades são diferentes. As regras demasiado restritivas às economias mais pequenas, restringem o desenvolvimento destas e assim os cidadãos destes países não irão atingir uma paridade social com os cidadãos dos grandes países Europeus.

Certamente que a influência dos países grandes Europeus será maior na definição de politicas da Europa, sendo que existe um desfasamento dos centros de decisão europeus das realidades sociais e necessidades das populações dos países mais periféricos da UE.

Questões de défice e intervenção do Estado na economia, em situações justificadas deveriam ser permitidas, sendo que as economias pequenas são obviamente mais frágeis e susceptíveis a crises internacionais. Ter em conta que economias como Alemanha, França e Inglaterra têm como sustentáculo os países mais pequenos da Europa. É interesse da UE fortalecer as economias de todos os Estados membros.

3- Desenvolver laços e proximidade entre os países do PALOP, culturais, académicos, assim o intercâmbio económico será mais intenso, para proveito de todos.

4 - Garantir o alargamento do território continental subaquático.

5- Combater o neo-liberalismo na Comissão Europeia e reforço de uma perspectiva mais social nas suas politicas.

6- Reforçar ao nível da UE na cooperação económica com África, Américas e medidas proteccionistas económicas em relação a países não democráticos, como a China, que muito prejudicou a economia Europeia, colocando em causa as garantias sociais e politicas dos cidadãos europeus, devido a uma concorrência desleal que não defende os direitos e garantias dos próprios cidadãos. Os direitos sociais conquistados pelos europeus, fruto de séculos de luta e sacrifício eram um exemplo para o mundo. Agora estão em risco.

7- Apoiar o desenvolvimento económico dos países mais pobres, fortalecendo suas democracias, não ser cúmplice de regimes corruptos, a fim dos seus cidadãos não serem obrigados a emigrar. Para evitar o grande fluxo de populações destes países para a UE, causando instabilidade laboral e social, que tem levado ao ressurgimento de ideologias neo-nazis e fascistas. Promover o intercâmbio cultural entre os cidadãos da Europa e do mundo.

8- Dar bolsas de Estudo a jovens de países pobres, alvo de influência a ideologias extremistas em relação ao Ocidente, como ocorre em muitos países islâmicos.

PORTO

A região do Porto devia resgatar e desenvolver seu poder comercial no País e no mundo, desenvolvendo suas ligações ferroviárias e o porto de Matosinhos. Criando armazéns e estimular o desenvolvimento de empresas comerciais.

As cidades deviam-se adaptar ao seu “corpo social”, reorganizar a estrutura político-administrativa e formar uma só cidade do centro metropolitano do Porto creio que não faz sentido existirem tantas cidades, na realidade não existe divisão entre as populações residentes nestes concelhos, constituem sim um só corpo social. Poupavam-se recursos, haveria uma melhor organização da área metropolitana, tornando-a mais eficiente e prática para quem vive e para o desenvolvimento das actividades económicas, criando um novo dinamismo para a região e para o Norte.

Revolução urbanística da área metropolitana, moderniza-la e prepara-la para o desenvolvimento de um grande centro urbano funcional para o futuro. Respeitando as áreas históricas, demolir áreas degradadas, edifícios abandonados/degradados, aproveitar áreas subaproveitadas. Criar um sistema de vias de transporte práticas, criação de áreas verdes, alargamento e construção de novas vias. Tentando adaptar áreas e edifícios históricos. Seria um renascer para o futuro da área metropolitana.

Chamar à cidade sedes de empresas, criando melhores condições logísticas atractivas.

Aproximar a cidade do Porto a Lisboa. Redução do custo de viagem entre as duas cidades. Não acredito na disputa com Lisboa, mas antes uma parceria, uma concorrência saudável, que só traria benefícios e mais valia a Portugal. Estar mais perto de Lisboa, capital de Portugal, só traria vantagens ao Porto

Estipular uma área verde por cada x número de habitante por metro quadrado. Tornar a cidade mais agradável de se viver. O parque da cidade é muito importante e útil, mas é preciso criar condições agradáveis nos locais onde se vive. Um melhor ambiente urbano, sem ter que passar horas no transito. Resgatar os velhos jardins com actividade recreativas e sociais, aproximar as pessoas.

Corrigir as injustiças do Imposto Municipal de Imóveis. Existem edifício de luxo em áreas nobres com isenção de IMI, enquanto que outros edifícios, velhos, com piores condições de vida, de pessoas mais pobres têm de pagar este imposto.

Aproveitar as Universidades para as integrar e aproximar na organização social e económica da cidade e região. As universidades actualmente parece que vivem fechadas para si e deviam interagir com a sociedade, para assim haver um desenvolvimento do conhecimento na sociedade mais efectivo.

Criação da Região administrativa do Norte, com sede em Mirandela (na ideia de Brasília). Assim obrigaria a criar estruturas que aproximassem as regiões limítrofes ao Litoral, criar um desenvolvimento mais homogéneo.

Aproximação cultural e comercial com capitais da Europa do Norte.

Desenvolver actividades económicas relacionadas com o mar.

Apoiar as actividades pecuárias da região, nomeadamente o sector de produção de leite que é dos mais importantes do país, com produção de riqueza e no entanto falta maior apoio político para ajudar e adequar estas actividades na sociedade. Os produtores comuns sentem-se abandonados, com dificuldades económicas, sem alternativas para desenvolver. Sendo que estão sujeitos a organizações que ditam as regras, em que alguns enriquecem às custas de quem produz, e cada vez mais o pequeno e médio produtor tenderá a desaparecer, por ser uma actividade de muito esforço e sem compensação económica.

Proteger a costa e criar mecanismos de protecção da erosão desta. Impedir a especulação imobiliária que tem posto em risco a segurança e o futuro destas áreas.

Proteger os rios da poluição, criar uma área de protecção e até demolir áreas urbanas que “sufocam” os rios, causando cheias periódicas, como por exemplo o Rio Tinto. Continuar o processo de reabilitação dos rios da região. Impedir que transformem os rios em esgotos.

Proteger as fontes de água, que têm vindo a desaparecer.

Criar centros sociais e culturais nos bairros mais problemáticos do Porto, para permitir uma melhor educação, cultura e integração cultural, para combater a marginalidade e o crime, que persiste nestes Bairros.

Hipocrisias do PSD

O Dr. Passos Coelho usa uma imagem forte politicamente, a mensagem da necessidade da mudança e a verdade na politica… É verdade que é necessário mudar o rumo e atitudes dos políticos em Portugal. Se calhar não têm a culpa, e para ganharem votos têm de dizer às pessoas aquilo que estas gostam, mesmo que seja irreal e impraticável. Não existe nos portugueses um verdadeiro sentido de participação e responsabilização cívica. A sociedade age como uma criança mimada, só quer, não se preocupando como é possível satisfazer a todos os grupos sociais e profissionais ao mesmo tempo. E suas pretensões são essencialmente materiais, consequência das sociedades Capitalistas, onde o “Capital “ é o centro de tudo e em função do qual tudo funciona, onde a força motriz é a ganância.

São precisas políticas a longo prazo, mas infelizmente apenas as obras a curto prazo e “visíveis” (por exemplo, estradas e edifícios) é que dão votos, e em quatro em quatro anos existe nova eleição… Se tivemos uma revolução do sistema político, falta-nos uma revolução cultural. Criar uma sociedade com sentido de Estado (para isso é necessário educação, cultura e sentido de cidadania). Criar um sentido de estar social, o sentido que todos os cidadãos, ricos e pobres estão no mesmo “barco” e só todos, sendo solidários e responsáveis, podemos criar um futuro numa sociedade portuguesa no futuro desenvolvida e tendencialmente menos segregada, pois são as diferenças, principalmente as grandes diferenças, entre indivíduos que causam o sentido de injustiça e consequente atrito social.

É verdade que é necessário um pacto social ou contrato social. Existe uma constituição que acredito que é das melhores e mais justas ao nível mundial, contudo não existe na prática na relação entre Estado e Sociedade quais os deveres e direitos de cada uma das partes. O rumo do Estado não pode mudar de 4 em 4 anos. Cabe sim decidir quem está mais apto ou capaz de levar a cabo o rumo traçado pela sociedade, que seria a Constituição. Se temos na história um exemplo, foi o projecto das navegações, que foi um projecto de 50 a 100 anos e graças a este facto existimos hoje em dia como país/nação.

O facto de termos uma maioria de esquerda no parlamento, significa que a maioria dos portugueses que participam na democracia concordam com a Constituição, que tanto incomoda os líderes da “direita”, logo pressuponho que a Constituição representa um rumo de futuro desejado pelos portugueses.

O Dr. Passos Coelho, com muita inteligência, descobriu a “brecha” actual na política actual portuguesa e vai explorar, contudo existem já provas que suas intenções são falsas pelas contradições. Por exemplo diz que nas Scut´s “ou pagam todos ou ninguém paga”, mas na mudança da Constituição propõe que o pagamento na Saúde cada um paga consoante seus rendimentos, afirmando que não é justo… Mas quem tem maiores rendimentos não paga mais impostos? Será de facto que na prática os mais ricos não estarão a pagar mais? E ao mesmo tempo colaboram no financiamento de um sistema de saúde com qualidade para todos? Ou ele pretende que os mais ricos passem a usar as clínicas e hospitais privados e assim esvaziando o financiamento dos serviços de saúde públicos, levando assim à deterioração da qualidade destes serviços? Então a visão da social-democracia, dos sociais-democratas portugueses, é garantir que a qualidade da saúde e educação acabe por ser restrito aos mais ricos? Existe aqui uma contradição histórica ideológica neste partido, renega a ideologia politica que marcou a Europa e a distinguiu no século passado e quer regredir ao tempo na Europa da segregação social que acabou por desencadear tantas revoltas sociais e guerras, será esse o futuro para este país que o Dr. Passos Coelho e o PSD pretendem para Portugal? A saúde e educação são pilares de desenvolvimento das sociedades! Isso é um facto!

Outro sinal, que revela a verdadeira visão de sociedade do PSD, é a alteração constitucional do despedimento… Quem é jovem e está a entrar no mercado de trabalho, sabe bem que na realidade o trabalho estável acabou, para a maioria! É por acaso que floresceram tantas empresas de trabalho temporário? Existem actualmente vários métodos para fazer as pessoas saírem de um determinado posto de trabalho…

O que o país de facto precisa é de “verdade” no trabalho, não concentrar os lucros das empresas em gestores e sempre encaminhar o corte nas despesas nos que trabalham. Um barco começa a meter água e a solução é mandar os mais fracos para o mar? Se calhar o barco vai demorar a afundar, mas o afundamento será inevitável! Não será melhor todos sacrificarmos e trabalhar no “barco”?

Trabalhar não é apenas cumprir horas, mas produzir. Deve haver um estímulo positivo dentro das empresas a quem produz mais, em que empresários e trabalhadores fazem parte da “empresa”, em que os trabalhadores contribuem com sua força laboral e os empresários com o “capital”, a fim de produzir eficientemente e com competitividade. Se existem trabalhadores improdutivos estes devem sair e ter apoio, a oportunidade em encontrar algo que se sintam bem e saibam trabalhar, é necessário criar a cultura do orgulho de trabalhar, de ser produtivo e para isso devem ser estimulados, desenvolver o sentido do amor próprio! Não estimular um contentamento de viver na pobreza à custa de subsídios. A maior ajuda não é “dar peixe, mas ensinar a pescar”!

Empresários ou gestores que governam mal as suas empresas, devem ser substituídos por pessoas mais capazes e nisso o Estado deve ter uma descriminação positiva para as empresas que têm um papel positivo à sociedade. Ao meu ver empresas que visam apenas lucros de poucos não devem ter qualquer apoio do Estado, é necessário saber se de facto aquela empresa que se estabeleça terá um papel positivo a médio-longo prazo à sociedade onde se estabelecem. E não apenas tirar do desemprego pessoas por meia dúzia de anos. Isso é desenvolvimento sustentado! É necessário criar critérios de selecção de empresas a apoio pela sociedade, que visam saber quais prejuízos e lucros que estas representam para a sociedade por um determinado tempo. Isenções de impostos, cedência de terreno, empréstimos, são prejuízos! Porque a sociedade vai perder dinheiro com aqueles que apenas visam enriquecer à custa desta?

A ideia do PSD em aumentar a rotatividade do pessoal nas empresas é uma visão retrógrada! A alta rotatividade de pessoal, pressupõe que o vinculo social dos trabalhadores à empresa é menor, existirá a necessidade de constante de gastar dinheiro em formação de pessoal e ocorrerá a diminuição da qualidade da produção pelo trabalhador, pois existirá sempre uma adaptação ao novo trabalho, à nova função. O “know-how”, não é só a formação académica/científica, mas também a experiência profissional e existe um papel nos mais velhos importante, que muitas vezes não é valorizada, que é a transmissão da sua experiência a quem entra na função a desempenhar.

O lucro de uma empresa não é só o dinheiro que esta dá, mas o ganho que esta representa para uma determinada sociedade, esse é o caminho do Socialismo Democrático do futuro. A única forma de juntar o dinamismo do Capitalismo à solidariedade do Socialismo. E sou socialista, porque acredito que é a forma de ter uma sociedade justa, democrática, solidária e com harmonia entre as classes.

É necessário criar pontes e aproximar todos os grupos sociais, para que juntos tenhamos um futuro melhor! E não criar muros, atritos na sociedade, para que cada vez mais, poucos vivam numa “orgia” de consumismo e opulência à custa de uma maioria cada vez mais pobre e ignorante, como parece ser a verdadeira visão de sociedade de futuro do PSD.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Letra do hino da Internacional Socialista

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra


Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos neste mundo
Sejamos tudo, ó produtores

Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Crime de rico a lei cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido

À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Abomináveis na grandeza
Os réis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores

Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Internacional