A experiência Chilena, Reformismo ou Revolução? Alain Labrousse

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Um livro muito interessante e barato. Objecto de estudo acerca acerca de experiência politicas passadas, num país com uma cultura de Oligarquias coloniais. Foi quando ocorreu uma coligação politica de esquerda ampla. Do modelo implementado para construir uma sociedade Socialista. Os problemas dentro e fora desta coligação. O choque contra o Imperialismo norte-americana finais da década de 60 e década de 70 do séc. XX, numa corrente revolucionária de esquerda corria a América Latina, no ambiente de guerra fria, conflito URSS- China, cisão de correntes comunistas e reacções da Direita Politica.
Este livro faz quase uma análise social e politica de uma sociedade, da cultura social, politica e história do país. Descrições de intrigas politicas dos movimentos políticos e partidos chilenos à época.
Mostra que o caminho para uma sociedade Socialista não é simples, complicado, e as diferentes interpretações e objectivos políticos. Existe duas correntes, uma que se adapta à realidade da sociedade e outra radical, apressada.
Sendo uma experiência passada, para quem queira reflectir acerca do pragmatismo que é necessário ter para criar condições para a criação de uma sociedade Socialista.
Infelizmente na esquerda, composta por diferentes correntes, muitas sofrem de inércia para mudança de paradigmas e outras continuam teimosamente presas a modelos passados com mesmos programas políticos, cuja história prova que não têm sucesso.
A Natureza é constante mudança, não serão diferentes as sociedades, mudam influenciadas pelas mudanças tecnológicas, modelos sociais, classes sociais.
Mesmo que as lutas entres os mais fortes e mais fracos se mantenha, com vantagem para os primeiros.  Não existem mais as classes definidas pelos modelos passados socialistas e comunistas, a globalização é presente, a mobilidade de bens e pessoas neste globo, urge repensar como construir uma Sociedade Socialista de forma pragmática, sem mitos e fantasmas. Experiências em Democracia, o que correu de bem e de errado.
Nenhum modelos social e politico pode ser contra a vontade da população. O Caminho Socialista deverá ser gradual e pragmático. Não vive o Capitalismo sem o Socialismo, nem o Socialismo sem o Capitalismo. Essas duas forças opostas e irmãs têm de ser conciliadas na sinergia ao invés de antagonizarem. Visões radicais de implementação do Socialismo são em si um risco para a construção do próprio modelo Socialista. Me parece que uma não existe sem a outra. como conciliar Socialismo e Capitalismo. Sugiro Capitalismo Social... Para reflexão.

Citação:

"A primeira manifestação de união de esque4rda realizou-se concretamente em 26 de Agosto de 1969... Foi preciso esperar pelo dia 9 de Outubro para que estes partidos, se reunissem para constituírem um Comité de Coordenação da Unidade Popular. A sua primeira decisão foi formar uma comissão composta por três representantes de cada partido da Unidade Popular a fim de elaborarem um programa de governo..."

"... Partido Comunista Radical... as eleições são uma armadilha para o povo, porque não são mais que a repetição de um processo que permitiu ao imperialismo e aos grande exploradores nacionais "legalizar" sua ditadura sobre as massas. Através das eleições, enganam-se as massas populares, escondendo-lhes que o controlo do poder e a sua exploração pelos reaccionários se baseiam na violência e no aparelho repressivo de que dispõem..."