quarta-feira, 16 de março de 2011

Comentário a discurso de Socrates

O Senhor 1º Ministro tem o dom da palavra. Gostava de ver na prática as palavras... Ambiguidades de defender o Socialismo Democrático e Estado Social e mostrar subserviência à visão neo-liberal e imperialista do eixo Franco-alemão, que sustentando-se das economias fracas submete seus povos ao "garrote". Se a meta dos défices de Estado está estabelecida à mais de 1 ano, daí os PECs, medidas cada vez mais austeras e injustas socialmente, vão ocorrendo sucessivamente... Se existe uma meta e medidas para a atingir, porque já vamos no PEC 5? O que correu mal? Se as novidades do défice de Estado de 2010 foi melhor do que se esperava, porquê mais um? Para satisfazer grupos financeiros que ganham à custa da especulação, os mesmos responsáveis da crise internacional? A humilhação nacional de prestar contas e subserviência à Merkel? É ela presidente de Portugal? O governo português governa para os portugueses ou para burocratas e tecnocratas tendenciosos da UE? Preferia antes ver o nosso governo falar com os países que sofrem o garrote como nós e criar um bloco para dizer basta! Existem sim reformas estruturais a ser feitas! Mas não no plano do trabalho ou segurança social, mas ainda mais profundas que é a Justiça, defender o Estado Social trazendo moral dos direitos e deveres dos cidadãos, desenvolver a cidadania responsável, acabar com a tirania do Estado que se coloca a cima da lei no que diz respeito aos cidadãos comuns. São ainda mais difíceis, mas trarão o progresso e desenvolvimento de Portugal, porque a incompetência e irresponsabilidade têm saído muito caro a Portugal.
A vida não está fácil para a maioria dos europeus, mas pior para uns do que para outros, negar que muitos têm enriquecido e tem aumentado a desigualdade é negar a realidade, de quem não vive e não vê o que se passa de verdade. Quem joga golfe para 6% de IVA, quem tem de trabalhar paga 23% de combustível, portagens e etc... Os que levam Portugal às costas é que é exigido os sacrifícios... Uma geração altamente qualificada que não tem quaisquer direitos laborais e sociais, da qual o patronato ganha dinheiro e o Estado (21,5% de IVA) tal como se ganha dinheiro com bens consumíveis.
A meu ver a prioridade dos governos Portugueses são garantir o mínimo de satisfação das massas populares para ganhar eleições, satisfazer os grandes interesses financeiros e grupos de influência e presta contas aos "donos" da Europa. Esta UE é uma vergonha, vai contra os princípios que a fundaram, não existe solidariedade daqueles que têm ganho à custa do devaneio de décadas. Os portugueses são consumistas? Mas a memória é curta? Décadas de assédio nos Média par ao consumo, aliás basta ainda ligar a televisão... Como se diz, é sempre o mexilhão que leva!
O desvaneio politico é também devaneio da consciência de Portugal, da irresponsabilidade, porque neste sistema, quem é responsável e sério é que acaba por sofrer mais.