quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Fim de um Sistema.

É triste ver que chegou ao fim um ciclo insustentável de um Capitalismo autofágico. A valorização da riqueza sem valores morais, sem consciência, sem responsabilidade, destruiu os alicerces da Sociedade Ocidental. A ganância do lucro imediato corrompeu Democracias, a sustentabilidade económica e a paz social.
Vive-se na Europa uma situação de bomba relógio. A Grécia está falida, Portugal também estará por imposição dos países ricos da Europa, que perderam o domínio na economia Mundial, tencionam predar os países mais fracos, só para manterem sua posição actual por mais uns tempos. Querem impor aos cidadãos destes países condições de vida que seus próprios cidadãos não aceitam. Vai assim por água abaixo o propósito da CEE que depois se tornou UE. Não existe uma União Europeia verdadeira. Da incompetência da gestão dos assuntos da Europa pelos países do Eixo Franco-Alemão, onde priorizaram o fim da produção dos países do sul da Europa para que tornassem consumidores e mão-de-obra para sustento de suas economias, aliciaram com dinheiro para os tornarem dependentes de uma forma insustentável. Agora que essa falta de sustentabilidade é explorada por especuladores sem escrúpulos, os países ricos para se manterem ricos culpam os países pobres pela situação actual e agora querem os absorver, com desculpas de incompetência. Isto é hipocrisia! Um amigo antes "ensina a pescar do que dá peixe".
Comparem as condições médias de um Europeu do centro-norte da Europa com um Português ou Grego. Vejam o que estes produziam para seu sustento à 40 anos e o que produzem agora. Até todos os anos, de à anos até à data,  vêm vacas leiteiras de França, Alemanha, Dinamarca e Holanda para Portugal, as vacas portuguesas não interessam.
Culpa foi sim dos políticos destes países e nunca dos povos. Povos esses que ainda não assumiram uma cultura de responsabilidade cívica, com Democracias novas, sem experiência, onde tem reinado a demagogia, que chega ao poder com promessas insustentáveis.
Vejamos por exemplo o nível de analfabetismo funcional em Portugal. Não esqueçamos que um voto de uma pessoa que se interessa pela realidade, que tem o "saber pensar" vale tanto como uma pessoa que não tem qualquer preocupação pela politica em Portugal, que aceita uma condição de vida miserável, acostumado que alguém lhes resolva o problema, sem consciência que ele é peça fundamental no problema e resolução deste, numa condição de vida que considero inaceitável. Se estas pessoas forem a maioria num país, que esperar na selecção dos seus lideres? Não interessa aos países dominantes que sejam governados pela incompetência?  
O sucesso da Alemanha e França deve-se sem duvida ao seu tamanho, domínio económico, sustentado nos seus domínios na Europa que foram sendo consolidados através da divida dos países mais fracos, e deste ponto se projectaram para o Mundo, mas agora parece que perderam lugar neste mundo, onde emergiram outros países que reclamam o seu lugar.
Portugal é ainda a África da Europa, mas por imposição dos europeus. Erradamente achou que tinha amigos europeus. Agora vêm penhorar o país, comprando ao desbarato o que demorou décadas e fortunas a construir, pago por impostos de cidadãos de Portugal, fruto do seu trabalho. Agora passa para os "iluminados" da Europa. Portugal, Grécia são assim absorvidos directamente para as empresas das economias fortes da Europa. Ficam-nos com a água, com os portos, com a energia, com as estradas, com a terra, o mar e assim não temos mais como crescer, como nos sustentarmos, sem que grande parte do que produzimos seja absorvidos por Capitalistas. Seremos pobres, porque não temos mais hipótese de criar riqueza, assim seremos domínio, condição que estamos à séculos, mas que agora parece caminhar para um domínio total.