A seguir segue-se parte do meu discurso no plenário PS, ao qual partilho:
Vivemos hoje uma democracia em que o poder politico
pertence ao ciclo de uma aristocracia burguesa. O centro de orientação politica
de governo é refém das maiorias, numa sociedade em que o centro de
desenvolvimento económico é a obtenção de riqueza de forma fria, rápida e
barata. Uma cultura com raízes do regime cooperativista de Salazar. E uma
cultura secular de governação do Estado Português “A administração publica nas
mãos de uma classe que considera o seus interesses individuais serem os
interesses do Estado”.
Uma Democracia sem vínculos fortes a princípios
éticos e morais, a liberdade facilmente se torna em libertinagem, a igualdade
em individualismo. O dinheiro como o fim e não como um meio. O debate político
centra-se no controlo de opiniões, o marketing, a imagem, cada vez mais
afastado das necessidades reais do cidadão comum, do país real, também quantos
políticos profissionais vivem ou convivem diariamente com os maiores flagelos
sociais?
O modelo de
desenvolvimento do país está no presente centrado capitalismo regeano, governa
contra os interesses do povo, contra uma Constituição, contra os portugueses, um
país governado por gestores nomeados por cooperações internacionais regido pelo
capitalismo americano, a liquidação de Portugal para capitalizar os mercados
financeiros internacionais, é a função do atual governo do país, a “Tirania das
finanças”. “Vivemos uma Democracia de tirania, o governo não vem do povo, não é
pelo povo, nem para o povo”.
“O PS é o partido que melhor representa Portugal,
contudo será o PS a imagem de Portugal ou Portugal a imagem do PS? Se o
Socialismo é uma sociedade sem classes, qual é o caminho que tem sido feito
pelo nosso partido? Quais metas sociais pretende atingir? Como atingir o
Socialismo?”
Chamar o cidadão para participar na política não é
este fazer parte de campanhas e técnicas de marketing. A participação do
cidadão na política deverá ser no futuro a participação destes nas decisões
politicas, que não se limita em ir colocar periodicamente um papel com uma cruz
numa urna.
Acredito que na cidade onde nasci e vivi a maior
parte da minha vida, manda uma classe de aristocracia do capital. É contra meus
princípios como socialista, cristão e cientista, um ser humano enriquecer com a
desgraça de outro.
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